terça-feira, 3 de março de 2015

Casa no interior paulista combate a alta temperatura

O sobrado de 127 m² no interior paulista prima por ambientes arejados

Texto Luisa Cella | Ilustrações e infografia Luciana Soga e Maurelio+Dugaich+Bresser imagens

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                                                                                                 Este projeto em Sorocaba, SP, prova que fugir da mesmice pode render bons frutos. “Apostar no design foi uma decisão estratégica do nosso cliente, um investidor que queria vender a unidade com rapidez”, conta o arquiteto Rodrigo Maçonilio, do Estudio BRA Arquitetura, autor da obra em parceria com o sócio, André Di Gregorio. Em busca do minimalismo, a dupla adotou linhas puras e o branco como cor predominante. “Brincamos que a casa parece uma minigaleria de arte. Qualquer objeto pendurado ali se destaca por causa do tom neutro e da luz natural abundante”, fala André. São 127 m² distribuídos entre áreas de convívio no térreo e privativas no andar superior. Este avança em direção à rua e ao recuo lateral, o que, além de marcar a estética do conjunto, protege os ambientes do piso inferior contra a insolação. O terreno de 154 m² preserva, ainda, amplo trecho permeável, ponto decisivo para um casal de jovens na faixa dos 30 anos decidir arrematar a residência. Dois meses após o término da obra, o negócio foi fechado.
ILUMINAÇÃO NATURAL E TÉRREO LIVRE
Entenda as soluções que controlam o calor e a luminosidade, além de integrar com equilíbrio o interior ao exterior
Luciana Soga e Maurelio+Dugaich+Bresser imagens
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   1. FACHADA
Painéis ripados pintados de branco se destacam nas portas-camarão (1,50 x 2,50 m), que cerram a varanda da suíte e as janelas dos dormitórios. A solução mantém os ambientes ventilados sem perder a privacidade e dribla as temperaturas elevadas que atingem a região em grande parte do ano. O material marcante reaparece como fechamento da lateral do andar superior.
2 COBERTURA
Acessada pelas janelas marinheiro, a laje foi impermeabilizada com poliuretano e recebeu uma camada de argila expandida, garantia de conforto térmico no interior. Três placas fotovoltaicas atendem aos banheiros dos quartos.
3. ZONA VERDE
Na contramão dos vizinhos, um dos destaques do projeto é a valorização das áreas permeáveis. No canteiro lateral de 50 cm, plantaram-se altas mudas de tumbérgia. Já no jardim dos fundos, de 2 x 6,60 m, coube até uma jabuticabeira.
4. CAMINHO LIVRE
Quando abertas, seis folhas de correr criam um vão de 2,50 x 6,45 m, capaz de integrar a sala e a cozinha ao recuo lateral de 3 m. Suas lâminas de vidro temperado (10 mm) encaixam-se em trilhos embutidos, sem caixilhos. No piso superior, a circulação se beneficia de luz natural constantemente graças às duas janelas marinheiro (70 x 80 cm) que se abrem para a laje e estão posicionadas nos extremos do corredor.
5. ESTRUTURA
Para sustentar o volume em balanço e permitir o vão de 6,45 m no térreo, usou-se uma viga de borda de 14 m. Ela transmite a carga para sete pilares (três de 20 x 40 cm na fachada lateral em balanço e, do lado oposto, quatro de 20 x 30 cm). A fundação conta com sapatas de concreto armado.
6. REVESTIMENTO DO PISO
O living, a cozinha, a escada e o corredor do pavimento superior foram revestidos de granilite. Os quartos receberam laminado, e os banheiros, porcelanato. Elegeu-se o concreto polido nas áreas externas.
Luciana Soga e Maurelio+Dugaich+Bresser imagens
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A implantação no lote de 7 x 22 m favorece os ambientes de convívio e os quartos com a insolação mais branda: tais espaços estão voltados para o recuo lateral de 3 m, virado para o sudeste.

link pesquisa: http://casa.abril.com.br/materia/casa-interior-paulista-combate-alta-temperatura

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